quinta-feira, 24 de março de 2011

Curiosidades da nossa língua...

Eu sou professora de matemática, mas devo confessar a nossa língua é mesmo curiosa.

Muitas vezes já me deparei com situações onde emprego algumas expressões populares que fico me perguntando de onde surgiu esta expressão, Meu Deus?????


Você já falou ou ouviu alguém falar expressões como:
  • Você está fazendo este trabalho "nas coxas"... ?
  • O seu voto será o "voto de Minerva".?
  • Vocês estão pensando que aqui é a "casa da Mãe Joana!"??
  • O que está fazendo ai a "ver navios"...?
  • Não estou entendendo "patavinas"!?

Encontrei explicações de algumas dessas expressões que às vezes usamos e nem sempre sabemos de onde originou-se e achei interessante dividí-las com vocês.



NAS COXAS

As primeiras telhas do Brasil eram feitas de argila moldada nas coxas dos escravos.
Como os escravos variavam de tamanho e porte físicos, as telhas ficavam desiguais.
Daí a expressão fazendo nas coxas, ou seja, de qualquer jeito.



VOTO DE MINERVA

Na Mitologia Grega, Orestes, filho de Clitemnestra, foi acusado de tê-la assassinado.No julgamento havia empate entre os jurados, cabendo à deusa Minerva, da Sabedoria, o voto decisivo. O réu foi absolvido, e Voto de Minerva é, portanto, o voto decisivo.



CASA DA MÃE JOANA

Na época do Brasil Império, mais especificamente durante a menoridade do Dom Pedro II, os homens que realmente mandavam no país costumavam se encontrar num prostíbulo do Rio de Janeiro cuja proprietária se chamava Joana. Como, fora dali, esses homens mandavam e desmandavam no país, a expressão casa da mãe Joana ficou conhecida como sinônimo de lugar em que ninguém manda.



CONTO DO VIGÁRIO

Duas igrejas de Ouro Preto receberam, como presente, uma única imagem de determinada santa, e, para decidir qual das duas ficaria com a escultura, os vigários apelaram à decisão de um burrico. Colocaram-no entre as duas paróquias e esperaram o animalzinho caminhar até uma delas. A escolhida pelo quadrúpede ficaria com a santa. E o burrico caminhou direto para uma delas...Só que, mais tarde, descobriram que um dos vigários havia treinado o burrico, e conto do vigário passou a ser sinônimo de falcatrua e malandragem.



A VER NAVIOS

Dom Sebastião, jovem e querido rei de Portugal (sec XVI), desapareceu na batalha de Alcácer- Quibir, no Marrocos. Provavelmente morreu, mas seu corpo nunca foi encontrado. Por isso o povo português se recusava a acreditar na morte do monarca, e era comum que pessoas subirem ao Alto de Santa Catarina, em Lisboa, na esperança de ver o Rei regressando à Pátria. Como ele não regressou, o povo ficava a ver navios.



NÃO ENTENDO PATAVINAS

Os portugueses tinham enorme dificuldade em entender o que falavam os frades italianos patavinos, originários de Pádua, ou Padova. Daí que não entender patavina significa não entender nada.



DOURAR A PÍLULA

Antigamente as farmácias embrulhavam as pílulas amargas em papel dourado para melhorar o aspecto do remedinho. A expressão dourar a pílula significa melhorar a aparência de algo ruim.



SEM EIRA NEM BEIRA

Os telhados de antigamente possuíam eira e beira, detalhes que conferiam status ao dono do imóvel. Possuir eira e beira era sinal de riqueza e de cultura. Estar sem eira nem beira significa que a pessoa é pobre e não tem sustentáculo no raciocínio.

Um comentário: